Descrição : Da família das Zingiberácea, tambêm conhecido como
gengibre-amarelo, tumérico, curcuma, açafrão-da índia, açafroa.
Utiliza-se Rizoma, semelhante ao gengibre, seu parente. Temos vários
açafrões: um é a planta chamada Crocus sativus, Lineo, conhecida alhures
como Açafrão oriental, Açafrão cultivado, Açafrão verdadeiro, Flor da
aurora, Flor de Hércules, que é um arbusto pequeno muito comum nos
jardins do Brasil. Não é deste que falamos aqui. Neste site falamos da
Curcuma longa L/C. Outro é o Curcuma zedoaria (Christm) Roscoe, falso
açafrão, zedoária, bastante parecida com a descrição abaixo, com um
diferencial importante - esta tem flor vermelha e a outra tem flores
maiores e brancas, mas a folhagem é idêntica. Usada há séculos como
estomáquica. Outros nomes populares Açafroeira, açafroeira-da-índia,
batata-amarela, gengibre-amarelo, gengibre-dourado (a cor da raiz no
"curry"), mangarataia (turmeric em inglês), que é o açafrão milenar da
medicina chinesa e indiana e também usada no Brasil como tempero de
alimentos, à semelhança do que os indianos fazem no "curry". Outros
sinônimos científicos Curcuma domestica Valeton, C.; Sichuanensis XX
Chen; Stissera curcuma Racusch.Palanta perene, rizomatosa, sendo que o
rizoma princial é piriforme, arredondada ou ovóide, carnudo, com
ramificação laterais compridas, mais finas e menos carnudas.
Externamente os rizomas frescas apresentam uma coloração esbranquiçada
ou acinzentada e internamente amarelada. Do rizoma saem as folhas e as
hastes florais. As folhas são invainantes, oblongo-lanceoladas,
lonamente pecioladas e reunidas na base. As flores, pequenas e de cor
amarela, nascem de uma inflorescência, semalhante a uma espiga,
localizada na ponta de uma espiga, localizada na ponta de uma haste
longga. O fruto é uma cápsula bivalve, que se abre quando maduro,
apresentando 3 orifícios onde estão contidas as semntes. Possui um odor
agradável, qua lembra o so gengibre, levemente amargo. Reproduz-se por
pedaços de rizomas que apresentam gemas, com plantio em solo argiloso,
fértil, leve, solto e de fácil drenagem, de preferência onde o clima é
temperado e 'úmido. Uma vez que a planta se adapta no lugar, ela se
alsatra, pois os rizomas laterais, algun spossuindo flolhas que se
desprendem do rizoma principal e se convertem em palntas independentes. ë
uma planta difícil de ser destruída. A colheita do rizoma, com a
retirada perde a perte aérea, o que acontece após a foração. Nesse
momento, os rizomas apresentam pigmentos amarelos internos.
Origem : Índia, e foi introduzida no Brasil pelos colonizadores.
Plantio : Multiplicação: por rizomas (cortam-se pedaços com gema e
preparam-se as mudas); Cultivo: Plantio em covas de 10 cm de
profundidade em terrenos úmidos e afofados, com espaçamento de 0,5m X
0,5m; Colheita: colhem-se os rizomas 8 a 10 meses após o plantio (quando
as folhas amarelarem). Os rizomas lavados e secos, devem ser
conservados em vidros de boca larga e escuros ou latas, bem tampadas.
Modo de conservar : Os rizomas devem ser lavados, enxugados e fatiados.
Colocar para secar ao sol, em local ventilado e sem umidade. Conservar
em vidros escuros, ao abrigo da luz solar.
Propriedades : Antiinflamatória, anticoncepcional, antiagregante plaquetária, antiinfecciosa, antiasmática
Indicações : Trabalhos realizados fundamentalmente com os corantes
mostraram efeitos colerético, colagogo e protetor hepático em ratas
(Ozaki Y. et al., 1988 e outros posteriormente.)Há um estudo que mostra
involuções de cálculos biliares com uso de curcumina - Hussain M. et
al., 1993 - e melhora das funções de muitas enzimas do fígado : Goud V.
et al., 1993, além de ser hepatoprotetor e antitóxico do fígado, como
nos diz Donatus I. et al.,em 1990.Na verdade há muitos trabalhos nos
dando conta de que é uma ótima planta para os problemas do fígado e
vesícula biliar. Há, também, nestes rizomas, atividades pró-digestiva
das boas como quer outra série de bons trabalhos científicos. Kiso Y. em
1983 demostrou que ela estimula a digestão. É protetor gástrico, por
diminuir a secreção de ácidos segundo Rafatullah S. et
al.,1990.Apresenta atividade imunomoduladora estimulante e
antiinflamatória em ratas, por potencializar o sistema
retículo-endotelial e quem nos diz assim é Kinoshita G et al , 1986 e
Gonda R. et al., 1992.Há muitos outros estudos provando sua atividade
antiinflamatória.É uma planta que abaixa o nível de colesterol e
lipídios totais no sangue às custas da curcumina. Extrato de Cúrcuma
doméstica demonstrou abaixar triglicerídeos e fosfolipídeos em trabalhos
de A . Beynen em 1987 e V. Dixit e outros no ano seguinte.A curcumina
inibe o acetato de tetradecanoil-forbol que causa tumor de pele, a
nitrosamina, causadora de cânceres orais e gástricos e azoximetanol,
indutor de câncer em cólon. Nagabhushan M, Bhide S. e Huang M. et al. em
1992 provaram que 2% de curcumina protegem a mucosa do intestino grosso
contra este último agente.Ainda é antiagregante plaquetária,
antiinfecciosa, antiasmática e útil em casos de despigmentação da pele
como na psoríase e alguma leucemia.Em altas doses inibe a ovulação e
poderia, então, ser usada como anticoncepcional: trabalho feito na
Universidade de Filipinas (publicado em Philippine Journal of
Science).No Oriente é usada como hepatoprotetor, estimulante das vias
biliares, antiflatulenta, diurética, afrodisíaca, diurética,
antiparasitária, antifebril, antiinflamatória e para a circulação.Na
China é usada contra o câncer de colo de útero (em aplicação local e via
oral), como fala o Dr. Jorge R. Alonso da Associação Argentina de
Fitomedicina.
Principios Ativo : Em sua composição química, os principais são
curcuminóides (corantes) em 2 a 5%, diferuil metano, curcuminas I e III e
outras curcuminas.Tem óleos essenciais, onde 60% deles são de
sesquislactonas (turmerona), zingibereno, bisabolano, cineol, linalol,
eugenol, curcumenol, curcumernona, como os principais, além de
polissarídeos A, B e C, galactano, potássio, resina, glucídios (mais
amido).Sua composição em cada 100 gramos de rizoma é aproximadamente =
354 calorias, 11,4% de água, 7,8% de proteínas, 9,9 de gorduras, 64,9%
de hidratos de carbono, 6,7 %de fibras, 6% de cinzas, 182mg de cálcio,
268mg de fósforo, 41,4mg de ferro, 38 mg de sódio, 2525 mg de potássio,
0,15 mg de tiamina, 0,23 mg de riboflavina, niacina 5,14mg, ácido
ascórbico em 26 mg e caroteno.
Modo de Usar : Externamente é bom cicatrizante e desinfectante de
feridas, inclusive de olho, e anti-reumático (usa-se 1% de rizoma em
decocção, duas ou três vezes ao dia.)Pode ser usada como extrato seco
(5:1 é proporção da droga vegetal nesta forma farmacêutica) em
encapsulados, na dosagem de 80 mg, duas vezes ao dia ou em extrato
fluido em 50 gotas por duas ou três tomadas (cada 40 gotas têm um
gramo).A absorção dos princípios ativos dela pelas vias digestivas é boa
(cerca de 60%) e não é ulcerogênica como os antiinflamatórios
convencionais, provou em 1986 R. Srimal. Este outro açafrão, chamado de
açafrão verdadeiro (ou cultivado), açaflor ou erva-ruiva é semelhante ao
que comentamos, porém, mais comum e usado na culinária brasileira. Seus
estigmas secos são usados contra gases intestinais, dores gástricas,
atonia digestiva (as raízes também têm esta ação), afecções das vias
urinárias, calculose renal e da vesícula biliar, e para problemas do
sistema respiratório.Usam-se as raízes ainda para a circulação do sangue
e como antihipertensivo, oralmente, por infuso de uma colher de
sobremesa para cada xícara de água, uma a três vezes ao dia.Os estigmas
são usados também por infusão (15 estigmas por xícara de água), três
xícaras por dia: aceleram a digestão.
Dica Culinária - A cúrcuma participa do curri, tempero tradicional
indiano, e é usada por farmácias como corantes. Aliás, os trajes típicos
budistas têm a cor amarelada pela cúrcuma usada, que não pode
substituir o açafrão caseiro (Crocus sativus Linneo) apenas porque o
sabor é muito forte.
Toxicologia : Um cuidado é importante ter: não todmar mais que 10 gramos
por dia (30 estigmas ou quatro colheres de sobremesa) porque esta
planta é tóxica em grandes doses, podendo dar alteração no sistema
nervoso, ou provocar abortos.
fonte: blog nós os cachorros - no japão