( Zingiber officinale, Roscoe)
Atênção: este estudo visa apenas fornecer informações sobre saúde preventiva.
1. Nomenclatura
Nome científico : Zingiber officinale, Roscoe.
Nome tibetano: bca'ega
Nome sânscrito: sunthi (desidratado) andrak (fresco)
Nome popular: gengibre
2. Princípios Ativos
- citral, 1,8-cineol, zingibereno, bisaboleno, geraniol, acetato de geranila,gingeróis,chugaóis, zingiberol, ?-canfeno, ß-felandreno, borneol, linalol,acetatos e caprilatos de zingibero.
- Amido; proteínas; gorduras; princípios amargos; ácidos orgânicos; sais
minerais e resinas.
3. Propriedades medicinais
O gengibre foi introduzido no Brasil no século XVI pelos colonizadores .
Apresenta muitas propriedades medicinais devendo fazer parte da farmácia
natural de todas as residências.
As suas características ayurvédicas podem ser classificadas de acordo com
as seguintes características:
· Rasa (sabor resultante do contato do alimento com a língua) : picante.
· Virya (propriedade térmica do alimento ao chegar no estômago) : quente.
· Vipak (pós-digestivo) : doce.
O gengibre é quente em potencial, leve e gorduroso. Alivia khapa e vata. Estimula a digestão, alivia a constipação e é um tônico cardíaco.
Faz parte de um grupo de árvores - drogas naturais - chamada tryasuna, que possuem efeitos semelhantes.
Tryasuna é picante e potencialmente quente.
O gengibre na medicina ayurvédica trata obesidade, possui ação na doença asmática, resfriados, slipada (elefantíase) e rinite crônica.
O Dr. Krishna Srivastava, da universidade de Odense, na Dinamarca, pesquisou onze condimentos e descobriu que sete deles tinham efeitos anticoagulante. Os mais potentes foram cravo, gengibre, cominho e açafrão.
O gengibre realmente é um poderoso anticoagulante nos seres humanos, como descobriu Charles R. Dorso, M.D., da Faculdade de Medicina da Cornell University.
O Dr. Dorso relatou que o agente ativo era o gingerol, um componente do gengibre quimicamente semelhante à aspirina.
O gengibre também é um excelente remédio para enjôo ou náuseas e, diferentemente das drogas, não provoca efeitos colaterais, nem sonolência, pois o gengibre não atua através do sistema nervoso. Vários estudos comprovam este fato.
Acrescentar um pouco de gengibre para bloquear os gases produzidos por alguns alimentos como a ervilha, realmente são benéficos. Pesquisadores da universidade G.B. Pant, na Índia, documentaram sua eficácia, após estudarem a ação antiflatulência do gengibre.
Dr. Krisnha C. Srivastava também estudou a ação antiflatulência do gengibre, já que afeta as prostaglandinas (substâncias que ajudam a controlar respostas inflamatórias envolvendo a histamina e a dor)Na verdade, o gengibre funciona de forma bastante semelhante à aspirina, bloqueando a síntese de prostaglandina e levando à redução da inflamação e da dor.
Em estudo feito com um paciente, o mesmo foi orientado a ingerir 500 a 600 mg (aproximadamente um terço de uma colher de chá) de gengibre em pó misturado com água pura. Em 30 minutos percebeu-se o efeito no alívio da dor de cabeça. Nos três ou quatro dias seguintes ela continuou a ingerir o preparado (4x ao dia).
O gengibre tem sido utilizado na Índia há milhares de anos para o tratamento de doenças reumáticas.
Um outro estudo também mostra que o gengibre pode acelerar o metabolismo, queimando calorias e, desta forma, auxiliando no tratamento da obesidade.
De acordo com a Dra. Vinod Verma o pó também pode perder as propriedades farmacêuticas. O gengibre seco conseguido no ocidente não é comparável ao sunthi, pois na Ayurveda existe um método especial para secá-lo.
O gengibre sempre é indicado em programas de desintoxicação.
Dr. Vasant Lad orienta os seguintes cuidados:
· Uma colher de gengibre fresco com uma pitada de sal funciona como aperitivo.
· Tomar lassi com uma pitada de gengibre ou cominho em pó ajuda na digestão.
· Um copo de leite com gengibre tomado antes de dormir é nutritivo e acalma a mente.
· Em caso de febre, é recomendável fazer um jejum com infusão de gengibre(chá).
Indicações: estimulante gastrintestinal, aperiente, combate os gases intestinais (carminativo), vômitos, rouquidão; tônico e expectorante. Externamente é revulsivo, utilizado em traumatismos e reumatismos.
Parte usada:
Rizoma ("raiz").
Preparo e dosagem:
Pulverizar o rizoma e ingerir contra vômitos.
Decocção: preparar com 1 colher (chá) de raiz triturada em 1 xíc. de chá água, tomar 4 xíc. de chá ao dia.
Cataplasmas: preparar com gengibre bem moído ou ralado e amassado num pano, e deixar no local (para reumatismos e traumatismos na coluna vertebral e articulações).
Rizoma fresco: mascar um pedaço (rouquidão).
Tintura: 100 g do rizoma moído em 0,5 l de álcool, fazer fricções para reumatismos.
Xarope: pode ser ralado e adicionado a xaropes, juntamente com outras plantas.
Toxicologia: o uso externo deve ser acompanhado para evitar possíveis queimaduras.
Preparo e dosagem:
Pulverizar o rizoma e ingerir contra vômitos.
Decocção: preparar com 1 colher (chá) de raiz triturada em 1 xíc. de chá água, tomar 4 xíc. de chá ao dia.
Cataplasmas: preparar com gengibre bem moído ou ralado e amassado num pano, e deixar no local (para reumatismos e traumatismos na coluna vertebral e articulações).
Rizoma fresco: mascar um pedaço (rouquidão).
Tintura: 100 g do rizoma moído em 0,5 l de álcool, fazer fricções para reumatismos.
Xarope: pode ser ralado e adicionado a xaropes, juntamente com outras plantas.
Toxicologia: o uso externo deve ser acompanhado para evitar possíveis queimaduras.
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