Pesquisas comprovam que a fruta reduz em até 90% os danos causados
em tecidos celulares. Isso significa que, além de saboroso, o caqui é um
aliado na prevenção de placas de gordura nas artérias e males como o
câncer. O benefício só é possível graças a ingredientes como os
carotenoides, os pigmentos que dão o tom avermelhado à fruta. Eles
estimulam a comunicação entre as células e controlam a sua
multiplicação. Como contém betacaroteno — que é o precursor da vitamina A
—, afasta os problemas cardiovasculares, protege o sistema imunológico e
preserva a saúde dos olhos.
é rico em antioxidantes que ajudam a manter as células do organismo
saudáveis, é fonte de vitaminas E e C e sais minerais como ferro,
fósforo e cálcio. Seu consumo combate os radicais livres, moléculas que
comprometem as células e podem desencadear um monte de problemas à sua
saúde.
Se por um lado o caqui docinho é uma tentação ao paladar dos fãs da
fruta, não há como negar que, para alguns, ele fica difícil de engolir
quando dá aquela sensação de língua travada. Os culpados por esse
fenômeno nada agradável são os taninos, moléculas com forte poder
adstringente. “Mas os caquis cheios dessa substância — como o pomelo, o
rubi e o taubaté — podem ser submetidos a um processo chamado de
destanização antes mesmo de amadurecerem”, conta Sérgio Massunaga,
engenheiro agrônomo da Associação Paulista de Produtores de Caqui. “No
caso, nós utilizamos álcool para suavizar essa sensação.” Aí, os caquis
“que amarram” ficam mais palatáveis.
No entanto, antes de declarar seu ódio aos taninos, saiba que eles
são capazes de botar o intestino em ordem e ainda — outra vez! — evitar a
formação dos radicais livres por trás de várias doenças. Quer mais um
motivo para aproveitar a temporada? “O caqui também é rico em fibras e
vitamina C”, diz Luana Dalvi.
Para desfrutar de tantas virtudes, a recomendação é o consumo in
natura, cru mesmo. “Em geral, carotenoides de frutas frescas são
biodisponíveis, ou seja, mais bem aproveitados pelo organismo”, pontua
Délia Rodriguez- Amaya, da Unicamp.
Como nenhum alimento é perfeito, o caqui tem lá sua desvantagem: a
alta quantidade de glicose e frutose. “Comer uma unidade por dia é o
suficiente para não exagerar”, orienta Luana. Essa porção deve ser
acompanhada de uma dieta equilibrada, caprichada em outros vegetais.
Portanto, nada de devorar uma caixa inteira do fruto. O excesso de
açúcar pode transformar seu corpo em uma verdadeira festa do caqui — no
mau sentido.
Essa delícia ainda auxilia o desenvolvimento ósseo, retarda o
envelhecimento e vai deixar suas unhas e cabelos mais fortes e bonitos.
Além disso, é fonte de licopeno, um fitoquímico com importante atuação
na defesa do organismo, contribui para o bom funcionamento do intestino,
por conter fibras, e atua como calmante, devido à alta concentração de
açúcar e frutose, razão pela qual deve ser consumida moderadamente, em
especial por diabéticos.
Delicado e com casca muito fina, o caqui precisa ser bem embalado
para a venda. Na hora da compra, deve estar livre de rachaduras, firme e
com a coloração uniforme. A recomendação é consumi-lo in natura,
ou seja, cru. Mas você pode saboreá-lo na forma de suco. Este, porém,
tem de ser bebido logo após o preparo. Do contrário, o sabor é alterado e
perde-se parte das vitaminas.
Após a compra, caso o caqui esteja maduro, a recomendação é guardá-lo
na geladeira entre três e cinco dias, no máximo. A conservação também
pode ser feita em local fresco, desde que o consumo seja rápido. Se
ainda estiver verde, deve ser mantido fora da geladeira para amadurecer.
É importante lavá-lo com delicadeza, um a um, esfregando com as mãos.
Em seguida, deixá-lo imerso em solução clorada (hipoclorito de sódio, à
venda em supermercados) por aproximadamente 20 minutos. Só lave quando
seu consumo for imediato, pois pode azedar.