sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Tem ansiedade?

Tem ansiedade? Conheça 5 obstáculos que dificultam a sua vida

O stress e a ansiedade não têm uma causa comum, são uma resposta complexa para muitos gatilhos que a vida faz disparar e a nossa reação e/ou tentativa de superação pode dificultar-se pela presença de algumas barreiras e obstáculos.  Por isso, é importante para cada pessoa ter conhecimento do que desencadeia a resposta de ansiedade. Pode ser a morte de um ente querido, perda de emprego, um relacionamento abusivo ou uma experiência traumática,  não há uma única coisa que possa ser assinalada como causa, porque todos nós somos únicos no pensamento e percepção que desencadeia o stress e ansiedade. Aquilo que pode ser aterrador para uma pessoa, pode ser um desafio para outra.
A ansiedade ocorre quando algo dentro de nós é desencadeada por um estímulo (interno ou externo) ao que os nossos corpos reagem com a resposta de luta ou fuga, não sendo sempre factores externos como os mencionados acima, também podem ser padrões habituais de pensamento, esses pensamentos habituais podem desencadear mudanças na química do cérebro que por sua vez fazem disparar reações físicas, tais como falta de ar ou batimento cardíaco acelerado.

Apresento em seguida 5 padrões de pensamento que usualmente contribuem para o aumento da ansiedade:
ansiedade mulher

SENTIMENTO DE CULPA

O primeiro obstáculo que existe quando se sofre de ansiedade é a tendência de culpar-se a si mesmo, por ter essa condição, bem como para todos os problemas associados daí resultantes. A verdade, é que na grande maioria das vezes a ansiedade é uma reação natural a algum tipo de dificuldade, situação ou problema que é demasiado grande para que a pessoa consiga lidar de forma satisfatória. Em particular, as pessoas que sofrem de ansiedade social ou fobia social tendem a desenvolver a sua condição por causa de algumas coisas que sucederam em tenra idade, como por exemplo: pais muito críticos, ser atormentado na escola por outras crianças. Se pensarmos nisso logicamente, facilmente percebemos que grande parte das crianças não têm a experiência necessária para lidar com esse tipo de stress nas suas vidas. Dado que não têm capacidade de resposta, e não podendo destronar situações de persuasão, uma reação mais natural é o medo e a cautela em relação às pessoas. Este é apenas um exemplo elucidativo. Muitos serão os gatilhos geradores de ansiedade.
A forma de ultrapassar este obstáculo é de uma vez por todas perceber que o caminho do sentimento de culpa não resulta na tomada de medidas para a resolução dos problemas e consequente recuperação. Em vez disso, deve aceitar a responsabilidade pela sua condição tal como ela é, e que esta forma de aliviar a ansiedade não é mais funcional. Você deve aceitar a forma como a vida é neste momento e que a mudança e superação virá à medida que for fazendo e praticando estratégias mais eficazes. Tal como referi nos artigos: Ansiedade, mude o que é possível, aceite o resto e 5 estratégias para aliviar a ansiedade.

MEDIR O SUCESSO

O segundo obstáculo é que a falha ou erro não deve ser apenas atribuída a quem sofre de ansiedade, e  que o verdadeiro fracasso ou sucesso é medido na tentativa e desempenho, não no resultado. No esporte, diz-se o seguinte ditado, “Você precisa de um grande treinador, uma equipe com grande talento, e um pouco de sorte.” A verdade na vida é que não há nenhuma situação onde se tem o controle total sobre o resultado. Por isso à partida o resultado do jogo está em aberto, dado que depende de múltiplos fatores.
Dica: Se você é ansioso na sua vida, tente entender que o sucesso é muito mais uma construção de possibilidades do que um prognóstico baseado nos seus medos.
Se alguém que é socialmente ansioso e que normalmente fica perturbado quando se prepara para convidar um parceiro para sair, certamente estará a pensar no prognóstico de rejeição. Eventualmente, porém, existem muitos fatores dos quais não está ciente e que influenciam a situação. Talvez, a pessoa em questão não seja o tipo de homem  ou mulher para o convidado, talvez  esteja com medo de ter um relacionamento e rejeita automaticamente todos os pretendentes, ou talvez, esteja acontecendo algo difícil na sua vida e ela não esteja disponível para nada.
Assim, quando alguém sofre de ansiedade e começa a culpabilizar-se e a sentir-se um fracassado, é importante, em vez disso dar crédito a si mesmo, e considerar que fatores estão fora do seu controlo, e que provavelmente influenciam a situação. Após um exame atento, torna-se claro que aquilo que parece ser razoável fazer-se, é lidar com a situação utilizando os recursos disponíveis e aceitar o resultado. Nem mais nem menos.


CIÚMES

O terceiro obstáculo para quem sofre de ansiedade é o ciúme, que decorre da aparente facilidade com que os outros conseguem atingir os objetivos que são monumentalmente difíceis para a pessoa ansiosa. Por exemplo, aquela pessoa que não tem nenhum problema de comer em lugares públicos, o amigo que sempre parece ter um encontro, ou um colega de trabalho que está muito confiante quando pratica esporte. O ciúme, tal como a culpa é um sentimento negativo que tem um retorno prejudicial. A única maneira de ficar melhor a partir de um estado de ansiedade é agir, e a inveja só impulsiona uma ação negativa, normalmente alguma ação que seja em detrimento da pessoa que é o alvo do ciúme. A maneira de encarar o ciúme  é simplesmente saber que todas as coisas boas acontecem para aqueles que trabalham para elas e, descobrir o que é que pode ser feito hoje, a fim de chegar ao lugar desejado amanhã.

RECUSAR-SE A TENTAR

Um quarto obstáculo para quem sofre de ansiedade é recusa-se a tentar. Normalmente, aqueles que se recusam a sequer tentar, estão num ponto extremamente difícil nas suas vidas. A ansiedade é muito intensa, de tal forma que mesmo o menor passo para fora da zona de conforto pode ser incrivelmente avassalador. Por exemplo, para algumas pessoas só ter de falar com alguém, pedir uma informação ou ajuda, experimentam sensações físicas que interpretam como desagradáveis (podendo não ser), por exemplo, um batimento cardíaco intenso, tensão em todo o pescoço e ombros, tremores e sudação nas mãos, agitação motora, incómodo no estômago, fala acelerada, ou mesmo a gagueira. Com todas estas sensações a acontecerem a pessoa com ansiedade começa a evitar situações e locais onde julgue poder sentir-se humilhada ou fora de controlo.
Perante a angústia enorme, a pessoa começa a recusar-se a tentar enfrentar as situações problemáticas. À primeira vista, o evitamento até parece ser lógico, pois a pessoa afasta-se ou evita aquilo que lhe causa incómodo ou problema. Mas, se analisarmos mais atentamente, podemos concluir que essa estratégia começa a restringir a vida da pessoa, provavelmente ao ponto de ela deixar de fazer grande parte das coisas que fazia, tornando-se um tormento para a sua vida. A pessoa deixa de ser funcional em algumas áreas da sua vida, o que lhe aumenta ainda mais o problema.
A melhor estratégia a adotar é a pessoa tentar. A pessoa deve passar à ação e fazer algumas coisas, ainda que lhe sejam difíceis de realizar, deve esforçar-se por fazer algo sem que o objetivo seja o melhor resultado possível. O simples acto de fazer algo, coloca a pessoa numa situação em que pode muito bem perceber que afinal até consegue ser eficaz em algumas das coisas que temia. E, se nas primeiras tentativas não obtiver o resultado pretendido, pode sempre perceber como conseguir melhorar.

INTERNALIZAR OS COMENTÁRIOS NEGATIVOS

Um quinto obstáculo para quem sofre de ansiedade é internalizar os comentários negativos feitos por outros ou por nós mesmos. As pessoas que têm algum tipo de transtornos de ansiedade ou mesmo aquelas pessoas que estão a passar por uma crise aguda de ansiedade, muitas vezes ouvem tantos comentários negativos a respeito dos problemas e condição pela qual estão a passar que sentem-se envergonhados e diminuídos. Quando observações negativas são feitas por outros, ou a própria pessoa tece comentários depreciativos acerca de si mesmo, isso acaba por ser uma verdade sabotadora.
Os outros, sem se aperceberem acabam por dizer coisas que fazem disparar o sentimento de culpa, como por exemplo: “Porque você não vai lá e fala simplesmente com essa pessoa?!” ou “Porque é que você está ai no canto sozinho?” É incrivelmente difícil para quem sofre de ansiedade não internalizar essas observações, e muitas vezes estes comentários transformam-se em ruminações constantes que perturbam o dia-a-dia. O melhor que se pode fazer, se a pessoa for um estranho, é a seguinte pergunta: “Quem é esta pessoa que fala comigo desta maneira? Será que ela realmente me conhece? “A resposta é óbvia” Claro que não”, e quando examinamos de maneira racional, torna-se claro que internalizar uma observação ruim vinda de um estranho é desadequado.
A situação mais difícil que se coloca é se a pessoa que faz a observação é um amigo próximo ou ente querido. Não há uma técnica totalmente eficaz e recomendada para mudar a forma de pensar  dessa pessoa acostumada a conversar com você, no entanto, há algumas coisas que podem ser feitas para mudar a situação. A melhor forma para começar é explicar: “Quando você me diz para falar com essa pessoa e que não há nada a temer, eu sinto-me pressionado, culpado, envergonhado, e incapacitado com a minha ansiedade. Em vez disso, eu gostaria que você dissesse _____” e preencha o espaço em branco com uma declaração que faça você sentir-se mais confortável. Se isso não funcionar depois de algumas tentativas, ou se a pessoa não está receptiva, então a única coisa que você pode fazer para diminuir a ansiedade é decidir se quer ou não continuar a ser perturbado por essa pessoa. Talvez essa pessoa não seja realmente um amigo ou não seja uma pessoa da qual você possa levar em consideração. No final, cabe a você determinar o melhor curso de ação.

Fonte:  http://www.escolapsicologia.com

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